Na Europa


O limiar de pobreza na União Europeia varia de país para país. Enquanto na Hungria e Polónia as pessoas em risco de pobreza vivem com menos de 200 euros, na Dinamarca ou na Irlanda o limite situa-se nos 900 euros.

Este é um dos dados de um relatório divulgado pela Comissão Europeia para assinalar o dia Internacional da Erradicação da Pobreza, que se celebra sexta-feira.

De acordo com o documento, que faz uma análise das tendências sociais nos Estados-Membros em relação aos objectivos comuns da estratégia da União Europeia para a protecção social e a inclusão, o nível de vida das pessoas "pobres" varia muito na União Europeia.

Nos países bálticos, Hungria, Polónia e Eslováquia, as pessoas em risco de pobreza vivem com menos de 200 euros por mês enquanto que na Dinamarca, Irlanda, Luxemburgo, Finlândia e Reino Unido o limiar de pobreza situa-se nos 900 euros.

Quando se consideram as diferenças no custo de vida (valores expressos em padrões de poder de compra) o rendimento mensal das pessoas em risco de pobreza varia entre os 230 e os 890 euros.

Estes números, segundo o relatório, sugerem que o nível de vida dos pobres é 3,5 vezes maior nos países mais riscos da União Europeia do que nos países mais pobres.

Segundo o relatório, em 2006, 16 por cento dos cidadãos da União Europeia viviam abaixo do limiar da pobreza, definido como 60 por cento do rendimento médio do seu país, "uma situação que provavelmente dificulta a sua capacidade para participar plenamente na sociedade".

Esta taxa, refere o documento, variava entre dez por cento na República Checa e nos Países Baixos, e 21-23 por cento na Grécia e Letónia.

Relativamente à inclusão social, o relatório refere que em média, na União Europeia, as melhorias gerais nos mercados de trabalho observadas desde 2000 tiveram um impacto limitado nas pessoas que estão mais excluídas.

Em média, segundo o documento, as melhorias gerais no mercado de trabalho só começaram a beneficiar as pessoas que vivem em agregados familiares desempregados durante os últimos dois anos e não atingem da mesma forma as famílias com crianças.

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